Esta investigação artística vem sendo realizada desde 2022, com foco na apropriação das linhas como fronteiras e limites de propriedade e na manutenção do poder através da sobreposição hierárquica que determina a experiência social. Através de uma série de experiências, o artista materializa linhas que transformam existências sob seus recortes e sombras. Para cada experimento de linhas tiranas, o artista busca contrapropostas como resistência ou “idéias para adiar o fim do mundo” (como propõe Ailton Krenak).
O primeiro experimento faz alusão aos arames farpados comumente usados para demarcar terras particulares em grandes propriedades brasileiras, invertendo a visão para um recorte aéreo dessas terras. A dinâmica entre o objeto e sua sombra reforça o aspeto cortante dessas linhas. Embora cada visitante possa perceber limites diferentes na forma como é produzida, da escala micro à macro, esta experiência recria objetos cortantes que controlam a natureza e a terra através destas linhas.
This artistic investigation has been ongoing since 2022, with a focus on the appropriation of lines as borders and property limits and on the maintenance of power through hierarchical overlap that determines social experience. Through a series of experiments, the artist materializes lines that transform existences under their cutouts and shadows. For each experiment of tyrant lines, the artist seeks counterproposals as resistance or “ideas to postpone the end of the world” (as proposed by Ailton Krenak).
The first experiment alludes to the barbed wires commonly used to demarcate private lands on large Brazilian estates, inverting the vision for an aerial clipping of these lands. The dynamic between the object and its shadow enhances the cutting aspect of these lines. Although each visitor can perceive different limits in the way it is produced, from micro to macro scales, this experiment recreates sharp objects that control nature and land through these lines.